Sob o Céu do Nunca por Veronica Rossi

Original: Under The Never Sky
Autora: Veronica Rossi
Série: Never Sky
Tradutor: 336
Editora: Prumo
Páginas: 336
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Desde que fora forçada a viver entre os Selvagens, Ária sobreviveu a uma tempestade de Éter, quase teve o pescoço cortado por um canibal, e viu homens sendo trucidados. Mas o pior ainda estava por vir... Banida de seu lar, a cidade encapsulada de Quimera, Ária sabe que suas chances de sobrevivência no mundo além das paredes dos núcleos são ínfimas. Se os canibais não a matarem, as violentas tempestades elétricas certamente o farão. Até mesmo o ar que ela respira pode ser letal. Quando Ária se depara com Perry, o Forasteiro responsável por seu exílio, todos os seus medos são confirmados: ele é um bárbaro violento. É também sua única chance de continuar viva.

Perry é um exímio caçador, em um território impiedoso, e vê Ária como uma menina mimada e frágil – tudo o que se poderia esperar de uma Ocupante. Mas ele também precisa da ajuda dela, somente Ária tem a chave de sua redenção. Opostos em praticamente tudo, Ária e Perry precisam tolerar a existência um do outro para alcançar seus objetivos. A aliança pouco provável entre os dois acabará por forjar uma ligação que selará o destino de todos os que vivem sob o céu do nunca.

Há muito tempo eu estava fascinado pelo livro "Under The Never Sky", a capa americana e a sinopse me deixavam louco para mergulhar neste mundo distópico e saber mais sobre a jornada de Ária e Peregrine. Felizmente, a editora Prumo trouxe o livro ao Brasil e finalmente pude lê-lo, o que posso dizer é que o livro não decepcionou, mas também não superou as expectativas.

Sob o Céu do Nunca inicia uma trilogia que se ambienta em um mundo futurístico distópico, neste mundo novo as pessoas vivem em núcleos, onde estão protegidas do Éter que ameaça a raça humana, todos os desejos e distrações são atendidos através de um olho mágico que leva o Ocupante - pessoa que vive dentro de um núcleo - para um lugar paralelo. 

A história se inicia quando com um erro cometido por um grupo de jovens, entre estes Ária, entram na cúpula Agricultura 6, lugar onde entrada era proibida, e um deles, Soren, está excitado por criar algo real, fora dos Reinos, algo que possa ser sentido, cheirado, e com toda esta excitação e sem pensar nas consequencias ele acende uma fogueira que de início parece ser inócua, porém mais tarde acaba criando um incêndio. Entre esta confusão um Forasteiro aparece e isso faz com que a encrenca seja maior ainda.

Como nada nesse mundo é justo, a culpa do incêndio cai sobre Ária e ela é inesperadamente banida para o mundo de fora, onde ela não está protegida do Éter, correndo riscos a todo e cada momento.

Mais tarde, nossa protagonista encontra (ou reencontra) Peregrine, os dois parecem ser muito diferentes, uma Ocupante e um Forasteiro, porém os dois olham para a mesma direção, eles têm o mesmo objetivo e, portanto, os dois se unem para uma jornada perigosa e incerta.

“Eles chamavam o mundo além das paredes de núcleo de “a Loja da Morte”. Havia um milhão de maneiras de morrer por lá. Ária nunca achou que chegaria tão perto.”

Veronica Rossi conseguiu contruir personagens incríveis, um totalmente diferente do outro, fazendo com que a leitura fluisse bem e que tivesse um entendimento fácil. A narrativa é simples, porém muito bem escrita, percebi alguns erros com vírgulas na edição, mas nada que não desse para relevar. A história é bem intrigante, curiosa e diferente de outras distopias, porém achei ela um pouco lenta durante a metade do livro, mas o final foi tão avassalador que consegui esquecer toda essa lentidão, Veronica soube surpreender, como soube.

Como já ficou evidente, gostei bastante deste livro, uma história nova para quem gosta de distopias e ficção científica, Sob o Céu do Nunca é surpreendente e muito bem escrito, recomendo a leitura!

4.0 de 5