Boy Erased - Uma Verdade Anulada, de Garrard Conley

sábado, agosto 17, 2019



Título original: Boy erased
Editora: Intrínseca
Tradução: Carolina Selvatici
Páginas: 320
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Em seu elogiado livro de estreia, Garrard Conley revisita as memórias do doloroso período em que participou de um programa de terapia baseado no estudo da Bíblia que prometia “curá-lo” de sua homossexualidade.

Você sabia que ainda hoje, no Brasil, existem clínicas ilegais de reabilitação que oferecem a “cura gay”? Nestas, pessoas LGBT+ são submetidas à tortura física e psicológica, na maioria das vezes relacionando o processo de “libertação” à religião.

Em Boy Erased, Garrard Conley descreve a sua própria experiência em uma dessas clínicas nos Estados Unidos, em 2004. Aos dezenove anos, depois de um acontecimento que expõe a sua sexualidade aos pais, Garrard se vê forçado a aceitar passar pela terapia de conversão que promete, principalmente aos pais dele, curá-lo da homossexualidade.

“Ao escolher o poder da invisibilidade, eu também tinha desistido da minha voz.”

Se a Rua Beale Falasse, de James Baldwin

terça-feira, agosto 06, 2019



Título original: If Beale Street Could Talk
Editora: Companhia das Letras
Tradução: Jorio Dauster
Páginas: 223
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Tish está esperando um filho enquanto luta para livrar seu marido de uma acusação criminal injusta e de subtextos racistas, a tempo de tê-lo em casa para o nascimento de seu bebê.

Com certeza James Baldwin já é a minha descoberta do ano. Infelizmente, não conhecia o autor antes e depois do lançamento do filme “Se a Rua Beale falasse” (premiado, aclamado pela crítica e que levou a atriz Regina King a ser premiada no Oscar por seu papel coadjuvante), finalmente ele chegou ao meu radar e isso não poderia ter sido melhor. O meu primeiro contato com a escrita do autor foi com “O Quarto de Giovanni” e logo depois que terminei de ler, comprei o livro que deu origem ao filme que felizmente colocou este autor em evidência. 

‘Se a Rua Beale Falasse’ é a memória de Tish, contada em retrospecto. Ela acaba de descobrir que está grávida e está prestes a contar isso ao seu noivo, Fonny, receosa sobre a sua reação, já que ele havia sido injustamente preso há três meses e, por isso, o destino deles já era incerto antes, mas com o bebê, se torna ainda mais imprevisível. Depois de contar a novidade ao marido, Tish começa a revelar gradativamente a vinda da criança para os demais personagens da trama, começando pela sua mãe, depois passamos para a sua família e a família de seu noivo. 

“Espero que ninguém nunca seja obrigado a ver a pessoa que ama através de um vidro.” 

Um olá

terça-feira, julho 09, 2019


"Será que ainda tem alguém aqui?"

Foi o que eu me perguntei quando o blog carregou e eu me deparei com este layout familiar, que tanto tinha me dado orgulho quando finalizei anos atrás. Fazia tempo que eu não passava por aqui. Na verdade, de vez em quando, durante as horas ociosas no escritório eu acabo abrindo este site, entre uma aba e outra, mas nunca fico por muito tempo, como se, de alguma forma, se eu me demorasse eu não pudesse mais fechar a página.

O Hooked for Books foi a minha prioridade por muitos anos. Eu o criei em Janeiro de 2011, quando ainda estava no ensino médio sem saber muito bem onde ele e eu iriamos parar. Eu era um garoto muito tímido, recluso e, por isso, via a necessidade de guardar a existência do blog só pra mim e para quem o acessava. Eu não conseguia contar para os meus amigos que eu tinha um cantinho na internet para falar de livros, morria de medo que alguém jogasse o meu nome no Google e o encontrasse e, com isso, me julgasse, não sei... eu não entendia o porquê, não sabia de quê eu tinha medo, eu só me escondia.

Hoje eu sei que escondia o blog porque ele era a parte de mim que mais me conhecia. Era o lugar onde eu colocava os meus pensamentos, onde eu me expressava, falava tudo o que eu gostava e o que eu não gostava tanto. Aqui era onde eu me sentia à vontade e se eu entregasse à alguém este link, era o mesmo de entregar um guia com cada detalhe do meu eu interior.

Acontece que a vida adulta vem como um trator. Sem dó. E esse trator leva tudo o que é descartável, tudo o que é velho, tudo o que não tem sentido e que não acrescenta.

Eu não tive controle disso, cada dia que se passava eu dizia mais e mais vezes que não tinha mais tempo, que o último post tinha sido há semanas atrás, mas que eu iria melhorar, que eu iria gravar um vídeo pra mostrar tudo o que tinha acontecido, que eu não sumiria... Mas eu sumi. Segui um rumo totalmente contrário do que eu sempre gostei de fazer, indo para a área tecnológica. Deixei que a carreira, o trabalho e a vida adulta me consumissem e que eu me distanciasse cada vez mais do que eu gostava fazer, que era estar aqui, escrever, falar de livros, planejar conteúdos e discutir tudo isso com as pessoas incríveis que encontrei no caminho. Eu havia criado um cantinho só pra mim, mas, ainda assim, tinha conseguido me perder dele.

O HKD, como eu estava chamando carinhosamente o blog em sua última versão, existiu ativamente por cerca de três anos. Seu último post havia sido em 2014 e, hoje, durante um feriado de 2019, quando tudo o que eu ia fazer era passar por ele, ver como estava e sair antes que eu tivesse que ficar. Percebi que ele continua me ensinando algumas coisas. Esse lugar na internet que eu criei ficou por quatro anos abandonado, sem ninguém o cuidando e provavelmente sem nenhuma visita além das minhas raras, mas visitá-lo hoje, entre um semana cheia de crises e questionamentos, foi como olhar pra trás, perceber que nunca é tarde demais para rever as minhas prioridades, saber onde estou indo e o que desejo alcançar, saber de onde eu vim, principalmente, e o que eu aprendi até aqui.

Eu nunca tinha falado sobre isso, sobre como o blog acabou ou como ele foi escondido de uma parte da minha vida e estou feliz que o tenha feito, mesmo depois de tanto tempo. Sei que esse cantinho vai me receber bem sempre que eu precisar voltar, de braços abertos para as minhas opiniões, reclamações e pensamentos, e eu espero fazer isso com mais frequência.

Obrigado à todos que passaram pelo Hooked em algum momento. Eu continuo aqui!

A Evolução de Mara Dyer, de Michelle Hodkin

quarta-feira, outubro 08, 2014


Título: The Evolution of Mara Dyer
Editora: Galera Record
Tradutora: Mariana Kohnert
Páginas: 406
Melhores Preços

Leia também:
A Desconstrução de Mara Dyer

As misteriosas e perigosas habilidades de Mara continuam a evoluir. Ela sabe que não está louca e agora precisa se prender desesperadamente à sanidade. Mara sabe que é tudo real: pode matar com um simples pensamento, assim como Noah pode curar com apenas um toque e que Jude, o ex-namorado morto por ela, está realmente de volta. Mas para descobrir suas intenções, deve evitar uma internação em um hospital psiquiátrico. Confusa com as paredes se fechando e ruindo ao seu redor, ela deve aprender a usar seu poder.


Desde que li A Desconstrução de Mara Dyer comecei uma relação de amor e ódio com essa história, o primeiro livro tem um ritmo muito bom, uma premissa ótima, porém pecou por utilizar algumas coisas que não faziam sentido algum para que a história se desenvolvesse. O segundo livro descartou essas coisas sem sentido e apelou muito mais pelo lado sombrio da história e das personagens, porém pecou no ritmo, sendo tão lento que quase o abandonei.

Em A Evolução de Mara Dyer a personagem está em um conflito interno sobre o que ela é e o que ela pode fazer, seus pensamentos são tão sombrios quanto o enredo e coisas pertubadoras passam a acontecer com ela enquanto o livro se desenvolve: coisas começam a mudar de lugar, ela parece começar a sofrer sonambulismo e passa a ver pessoas que deveriam estar mortas. Todas essas coisas levam a crer que Mara está enlouquecendo e todos ao seu redor parecem concordar com o pensamento, exceto uma pessoa, o seu namorado Noah Shaw, que a apoia e faz de tudo e mais um pouco para provar que ela não está louca e que tudo aquilo é parte de algo bem maior que problemas psicológicos.

Enquanto tenta provar para seus familiares que é normal, Mara e Noah vivem conflitos no relacionamento que - por mais que tentem - não consegue evoluir por conta da habilidade de Mara e o medo que ela tem de machucar Noah, e esse foi uma das piores coisas que Michelle poderia ter feito à história, é comum demais encontrar sequelas, principalmente quando se trata de segundo volume, que abordam a dificuldade dos casais principais ficarem juntos, mas em A Evolução, isso foi tratado tão profundamente e se misturou com tantas outras barreiras e conflitos que o livro ficou sem graça e muito parado. Até um pouco mais que a metade do livro.

Depois de passar por toda essa enrolação de "não podemos ficar juntos", "não sou louca" e "ai meu Deus Jude está vivo", Hodkin decidiu finalmente tomar um rumo à história. Assumo que quase abandonei o livro em meados da página 200, porém por indicação de amigos (e depois de ler a última frase do livro), continuei firmemente e li as outras 200 páginas rapidamente. Fui pego de surpresa, pois depois da metade o livro muda drásticamente e toma um rumo muito mais rápido, intrigante e perigoso.

"Todo mundo é um pouco louco. A única diferença entre nós e eles é que eles escondem isso melhor."

Enfim, apesar de ter achado o livro extremamente maçante até a metade, ele se salvou depois, o final foi muito surpreendente e me deixou ansioso para a continuação (pra quem pensou em abandonar o livro, isso é ótimo, né?). Os personagens deram uma boa desenvolvida, mas destaco a evolução da história que na minha opinião, se não tivesse vários trechos que não influenciariam muito no enredo e na conclusão e se tivesse tido um ritmo um pouco mais rápido seria muito melhor que o primeiro livro.
3.5 de 5

O Lado Bom Da Vida, de Matthew Quick

terça-feira, outubro 07, 2014


Título Original: The Silver Linings Playbook
Editora: Intrínseca
Tradutor: Alexandre Raposo
Páginas: 254

Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, Pat ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. 

Pat Peoples era uma pessoa controlada, bem com a vida, casado e vivendo muito bem com sua amada esposa Nikki, até que um dia ele chega cedo em casa e flagra Nikki com outro homem, isso faz com que Pat perca o controle de seu estado mental. Depois do seu descontrole, Pat não sabe o que realmente aconteceu, só se lembra de acordar no "lugar ruim" onde todos vestem branco, e odiar certa música do famoso Kenny G. Seu único passatempo naquele lugar é fazer exercícios físicos, pois Nikki gosta de homens fortes, e seu único amigo naquele lugar, Danny, que o ensina a jogar Parcheesi. Alguns meses depois (para Pat, são meses), Jeanie, sua mãe decide que está na hora de Pat voltar para casa. 

Quando Pat volta para a casa de seus pais percebe que algumas coisas mudaram, seu pai o evita e alguns vizinhos olham para ele discretamente, apenas sua mãe o trata normalmente, além de recomendar um novo psicólogo e o incentivar a tomar seus remédios, mas o que Pat não entende é porque todos ficam evasivos quando ele pergunta sobre Nikki ou fala que depois do "tempo separados" tudo vai voltar ao normal. A salvação de Pat é seu irmão bem-sucedido, Jake, que faz com que ele e seu pai se reaproximem; seu amigo Ronnie também o deixa feliz quando diz que sua esposa super-rigorosa o convidou para um jantar de boas-vindas, Pat não esperava conhecer durante o jantar a filha de seu amigo, muito menos reencontrar Tiffany Maxwell. Após saber da morte do marido de Tiffany há alguns meses, Pat se dispõe a levá-la para casa depois do jantar, e fica impressionado com o convite de Tiffany quando chegam a casa dela, onde ela diz que quer transar com ele, o que faz com que Pat pense que ela é maluca. 

Em sua corrida matinal, Pat começa a se irritar com Tiffany o perseguindo, mas antes que ele exploda e brigue com ela mais uma vez, ela lhe faz uma proposta: Promete enviar cartas digitadas de Nikki para ele e vice-versa, mas apenas se ele concordar em participar do concurso de Dança Contra Depressão que Tiffany quer ganhar; como Pat acredita que Nikki e ele ainda tem uma chance aceita a proposta. Mas o que Pat não imaginava é que durante e depois da proposta de Tiffany, sua vida ia tomar rumo aos poucos, seu auto-controle voltando e o mais importante, lembrar o que aconteceu para mandarem ele pro "lugar ruim" e porque ele e Nikki estavam separados. 

Particularmente, eu gosto e não gosto deste livro, quando comprei a adaptação estava em cartaz nos cinemas e eu decidi que ia ler o livro antes de ver o filme, mas como o título nos chama a atenção, porque todos queremos saber qual é o lado bom da vida, eu pensava que seria um livro "filosófico", mas me impressionei quando vi que se tratava de alguns erros que podemos cometer no nosso dia, não que vou ter um surto psicótico, mas tudo bem, eu gosto do livro porque ele tem uma "quebra" com um assunto sério como o caso de Pat Peoples, mas ao mesmo tempo senti falta de algo a mais na história. 

Sobre o filme a única coisa que o salvou foi o aclamado ator Robert De Niro, a queridinha de Hollywood Jennifer Lawrence, o maravilhoso Bradley Cooper e as situações engraçadas que o personagem de Chris Tucker nos fornece, fora isso faltou muita coisa no filme, que por coincidência eram as coisas mais legais do livro, mas mesmo assim Jennifer Lawrence conseguiu se destacar e ganhar um Oscar por Melhor Atriz. Mas se você ler o livro e em seguida assistir o filme, assim como eu, não espere muita coisa, apenas algumas partes engraçadas. 

As Crônicas de Nárnia - O Sobrinho do Mago, de C.S. Lewis

quinta-feira, setembro 25, 2014



Título Original: The Chronicles of Narnia
Editora: Martins Fontes
Tradutor: Paulo Mendes Campos - Silêda Steuernagel
Páginas: 739
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“Como Tolkien, C.S. Lewis redefiniu a natureza da fantasia, acrescentando riqueza, beleza e dimensão... Nos nossos tempos, todo reino da fantasia deve ser avaliado em comparação com Nárnia.” – Lloyd Alexander

As Crônicas de Nárnia com certeza foi um “xeque-mate” na literatura infantil, sabemos que poucas crianças se interessam por livros sem gravuras, mas o primeiro livro de Lewis – O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa – Com certeza foi um livro abraçado tanto pelas crianças quanto pelos jovens e adultos, assim como Harry Potter. Lewis se interessava por lendas, misticismo e principalmente contos de fadas, se reunia com seu amigo John Tolkien, autor da obra maravilhosa O Senhor dos Anéis e O Hobbit, em um pub onde compartilhavam suas ideias e seus sonhos. A primeira obra de Lewis foi O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa fazendo com que milhares de pessoas se apaixonassem pelo mundo narniano, mas criando a curiosidade “Como Nárnia apareceu?” ou “O que aconteceu antes? E depois?”, vendo isto Lewis criou mais seis obras literárias sobre o mundo de Nárnia, principalmente em O Sobrinho do Mago, que é onde conta como Nárnia “apareceu”.

Digory Kirke e sua amiga e vizinha Polly Plummer aproveitavam a infância na antiga Londres, apaixonados por aventura gostavam de “descobrir” coisas ou pelo menos se aventurar em algumas poças de lama. Moravam em um bairro médio, onde as casas eram ligadas umas as outras e a vizinhança era gentil, a mãe de Digory sofria de uma doença até então desconhecida naquele tempo, mas que a impedia de se levantar e manter suas forças, então Digory fora criado pela Tia Leta que cuidava de sua mãe enquanto seu pai estava na Índia, também tinha Tio André, um velho-louco que alegava ser um feiticeiro, Digory temia cada vez que dava de cara com ele em sua casa. Certo dia, as crianças descobriram que o encanamento da casa de Polly levava para outros lugares, decididos a descobrir onde poderiam parar e a curiosidade falando mais alto, decidiram se aventurar nos encanamentos esperando chegar na casa abandonada da rua, mas qual foi a surpresa das crianças quando perceberam que estavam no sótão/quarto de Tio André, que no momento olhava para eles com curiosidade e animação.

Tio André começara a acreditar em magia quando sua madrinha pediu que pegasse uma caixa que se encontrava em sua escrivaninha, pedindo que o mesmo a queimasse assim que pegasse a caixa, mas quando Tio André pegou a caixa pode sentir o poder da magia que continha ali dentro então, quebrando sua promessa, Tio André não queimou a caixa, mas guardou-a consigo. Querendo saber como usar a magia que continha na caixa, Tio André se aprimorou nos estudos sobre magia, línguas rústicas e feitiçaria; como não tinha sangue de feiticeiro ou fada, Tio André acabou vendendo sua saúde para descobrir um pouco mais sobre o que tinha na caixa. Quando vira que a caixa continha um pó fino, místico, Tio André se dispôs a criar quatro anéis: Dois verdes e dois amarelos.

Digory e Polly tentaram sair do quarto de Tio André, mas o mesmo impediu a saída das crianças, curiosa a respeito dos anéis e encantada pelo brilho deles, Polly ansiava colocar um dos anéis mesmo quando Digory a repreendeu falando que aquilo deveria ser errado e Tio André a incentivou a pegar o anel de cor amarela. Dito e feito, quando Polly colocou o anel amarelo ela simplesmente sumiu, na frente de Tio André e Digory que ficou desesperado para encontrar Polly e percebendo o “jogo” de seu tio no qual ele e Polly eram suas experiências. Colocando o anel amarelo e levando consigo dois anéis verdes para que pudessem mudar de lugar Digory encontrou Polly, como não estavam com pressa e queriam explorar o lugar, experimentaram os anéis verdes dentro de um lago, sendo assim, foram parar em uma terra longínqua jamais conhecida pelos humanos. Charn era uma terra de reis e rainhas, no caso Rainha Jadis, encontrando o palácio da rainha, Digory cometeu o erro de despertar a rainha Jadis e infelizmente não pode evitar leva-la consigo de volta para casa, no caso, o quarto de Tio André.

Após causar um tumulto na cidade de Londres sendo guiada pelo lunático Tio André que estava encantado pela beleza da rainha Jadis, Digory estava disposto a levar a rainha de volta para sua Terra de qualquer jeito, mas precisava da ajuda de Polly e a mesma não negou, até porque a rua estava tumultuada pela bagunça que Tio André causou levando a Rainha Jadis para passear pela cidade. Quando conseguiram alcançar a Rainha e leva-la para Charn, Digory e Polly perceberam como as coisas estavam erradas, pois o cocheiro que segurava o cavalo no qual a Rainha Jadis estava montada, fora transportado com eles junto com Tio André que segurava Polly. Fora isto estavam em um lugar vazio, não tinha nada além da escuridão, não estavam em Charn, mas sim um lugar onde se pode chamar de nada, até então eles verem de longe uma luz dourada, mas quanto mias se aproximava suas formas ficavam visíveis, não era apenas uma luz dourada, era um Leão muito bonito, um Leão que estava entoando um cântico que dava vida ao lugar ao redor deles.

Desde criança eu me interessei por histórias onde citava um mundo novo, algum universo diferente no qual a gente vive, então quando eu assisti ao primeiro filme de As Crônicas de Nárnia eu fiquei encantada não só pela produção do filme e o roteiro impecável, mas sim pela história que C.S. Lewis pode compartilhar conosco. Depois que li o livro e soube de todas as histórias que Nárnia contém eu fiquei maravilhada mais uma vez com a imaginação de Lewis! As Crônicas de Nárnia é um livro que eu vou levar para o resto da minha vida, nunca vou esquecer a empolgação que eu sentia quando lia cada página. Em minha opinião, todos os livros infantis que remetem a um universo paralelo, deve ser uma referência a Nárnia.

A Garota Que Você Deixou Para Trás, de Jojo Moyes

sexta-feira, setembro 19, 2014


Título: The Girl You Left Behind
Editora: Intrínseca
Tradutor: Adalgisa Campos da Silva
Páginas: 384
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Durante a Primeira Guerra Mundial,o jovem pintor francês Édouard Lefévre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados franceses, Sophie apega-se ás lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard, agora prisioneiro da guerra. Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, a mantém ligada ao passado. Quando Liv parece disposta a voltar á vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. 


Jojo Moyes é uma das escritoras mais aclamadas hoje em dia, pelo gênero Romance, sua escrita objetiva, cativante e profunda nos faz "devorar" o livro cada vez mais. Claro que alguns dos seus romances tem aquela parte que enrola a história para chegar no clímax, aliás esse é um dos intuitos do Romance, mas na minha opinião A Garota Que Você Deixou Para Trás foge deste sentido, pois o romance está presente, mas não totalmente em todas as páginas, pois os fatos que acontecem antes do passado e o presente - do livro - nos faz esquecer um pouco do aclamado Romance.

Sophie Lefévre mora em sua cidade natal St Péronne que fora dominada pelos soldados alemães durante a Primeira Guerra Mundial, junto com sua irmã Hélene, Sophie tenta manter o bar Le Coq Rouge que fora um hotel antes da Primeira Guerra. Enfrentando o gênio forte de seu irmão mais novo, Aurélien, e os dois filhos pequenos de sua irmã, Sophie mantinha forças para vencer a humilhação, dor, fome e saudade quando admirava seu auto-retrato, pintado por seu grande amor, Édouard Lefévre, que fora convocado para lutar no front e acabara prisioneiro da guerra.

Sophie encontra a chance de rever Édouard quando percebe que o novo Kommandant está interessado não apenas por sua comida no bar para os soldados ou seu auto-retrato, mas sim pela própria. Arriscando sua família e sua vida, Sophie Lefévre está decidida a falar com o Kommandant para reencontrar Édouard, o que nos mostra uma atitude desesperada e perigosa, pois a única chance que Sophie têm é de se "aliar" ao inimigo... Mas o que poderia fazer, se não ter fé e um pouco de esperança nesses tempos difíceis?

Em Londres, nos anos 2000, Liv Halston tenta reconstruir sua vida após a morte prematura do seu marido, um arquiteto renomado que deixou várias ideias e imóveis impressionantes com sua visão sobre "a-nova-arquitetura". Liv vive a pressão que o banco coloca sobre si, pois as contas da famosa casa de vidro em que vive estão atrasadas, e seu emprego não ajuda muito. O único momento de "alívio" na vida de Liv Halston é quando reencontra a antiga colega de classe, Mo Stweart, que incentiva Liv a seguir em frente. Enquanto fica na casa de sua colega, Mo percebe que Liv é apegada ao quadro que seu falecido marido comprou na lua-de-mel, o auto-retrato que a fazia lembrar dele, mas também lhe transmitia força e confiança.

Em uma noite Liv decide ir a um bar para se animar, mas não esperava encontrar um homem maravilhoso como Paul McCafferty; depois de alguns empecilhos Liv acaba se envolvendo com Paul, mas em uma manhã ela percebe que Paul fica surpreso ao encontrar o quadro em sua casa, o quadro estava sendo procurado pela família Lefévre, então Liv acaba descobrindo o trabalho de McCafferty: Um famoso ex-policial que agora trabalha procurando obras de arte milionárias roubadas ou perdidas.

Comecei a ler esse livro porque a maioria das garotas falavam dessa autora - Jojo Moyes - e como eu tenho uma pequena queda por Romance (jura?), comecei a ler e me impressionei cada vez mais com a força que Sophie Lefévre demonstra, mas também me apeguei cada vez mais no livro quando conta a história do quadro entre o passado e o presente, contando a vida e o dilema de Sophie e Liv com seus problemas e decisões. Ah! Sem contar no dilema "Será que Paul McCafferty vai contar a polícia sobre o quadro? E Sophie? Reencontra Édouard?".
4.0 de 5

Contents © Hooked for Books 2011. Layout por Anderson Vidal.