A Evolução de Mara Dyer, de Michelle Hodkin

quarta-feira, outubro 08, 2014


Título: The Evolution of Mara Dyer
Editora: Galera Record
Tradutora: Mariana Kohnert
Páginas: 406
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A Desconstrução de Mara Dyer

As misteriosas e perigosas habilidades de Mara continuam a evoluir. Ela sabe que não está louca e agora precisa se prender desesperadamente à sanidade. Mara sabe que é tudo real: pode matar com um simples pensamento, assim como Noah pode curar com apenas um toque e que Jude, o ex-namorado morto por ela, está realmente de volta. Mas para descobrir suas intenções, deve evitar uma internação em um hospital psiquiátrico. Confusa com as paredes se fechando e ruindo ao seu redor, ela deve aprender a usar seu poder.


Desde que li A Desconstrução de Mara Dyer comecei uma relação de amor e ódio com essa história, o primeiro livro tem um ritmo muito bom, uma premissa ótima, porém pecou por utilizar algumas coisas que não faziam sentido algum para que a história se desenvolvesse. O segundo livro descartou essas coisas sem sentido e apelou muito mais pelo lado sombrio da história e das personagens, porém pecou no ritmo, sendo tão lento que quase o abandonei.

Em A Evolução de Mara Dyer a personagem está em um conflito interno sobre o que ela é e o que ela pode fazer, seus pensamentos são tão sombrios quanto o enredo e coisas pertubadoras passam a acontecer com ela enquanto o livro se desenvolve: coisas começam a mudar de lugar, ela parece começar a sofrer sonambulismo e passa a ver pessoas que deveriam estar mortas. Todas essas coisas levam a crer que Mara está enlouquecendo e todos ao seu redor parecem concordar com o pensamento, exceto uma pessoa, o seu namorado Noah Shaw, que a apoia e faz de tudo e mais um pouco para provar que ela não está louca e que tudo aquilo é parte de algo bem maior que problemas psicológicos.

Enquanto tenta provar para seus familiares que é normal, Mara e Noah vivem conflitos no relacionamento que - por mais que tentem - não consegue evoluir por conta da habilidade de Mara e o medo que ela tem de machucar Noah, e esse foi uma das piores coisas que Michelle poderia ter feito à história, é comum demais encontrar sequelas, principalmente quando se trata de segundo volume, que abordam a dificuldade dos casais principais ficarem juntos, mas em A Evolução, isso foi tratado tão profundamente e se misturou com tantas outras barreiras e conflitos que o livro ficou sem graça e muito parado. Até um pouco mais que a metade do livro.

Depois de passar por toda essa enrolação de "não podemos ficar juntos", "não sou louca" e "ai meu Deus Jude está vivo", Hodkin decidiu finalmente tomar um rumo à história. Assumo que quase abandonei o livro em meados da página 200, porém por indicação de amigos (e depois de ler a última frase do livro), continuei firmemente e li as outras 200 páginas rapidamente. Fui pego de surpresa, pois depois da metade o livro muda drásticamente e toma um rumo muito mais rápido, intrigante e perigoso.

"Todo mundo é um pouco louco. A única diferença entre nós e eles é que eles escondem isso melhor."

Enfim, apesar de ter achado o livro extremamente maçante até a metade, ele se salvou depois, o final foi muito surpreendente e me deixou ansioso para a continuação (pra quem pensou em abandonar o livro, isso é ótimo, né?). Os personagens deram uma boa desenvolvida, mas destaco a evolução da história que na minha opinião, se não tivesse vários trechos que não influenciariam muito no enredo e na conclusão e se tivesse tido um ritmo um pouco mais rápido seria muito melhor que o primeiro livro.
3.5 de 5

1 comentários:

Canal Cereja disse...

hm... me interessou. Adoro esses enigmas psicóticos.

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