A Descontrução de Mara Dyer por Michelle Hodkin

sexta-feira, setembro 06, 2013

Original: The Unbecoming of Mara Dyer
Autora: Michelle Hodkin
Editora: Galera Record
Tradutor: Mariana Kohnert
Páginas: 378
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Um grupo de amigos... Uma tábua ouija... Um presságio de morte. Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto... até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente pertubada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações - ou seriam premonições? - Os corpois e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la...

Muitos autores fazem já fizeram a mistura do sobrentural com os conflitos internos da personagem principal e é estranhamente inacreditável a forma como essa união funciona incrívelmente bem, parecendo andar totalmente lado a lado. Claro, que em A Descontrução de Mara Dyer não foi muito diferente, porém a autora decidiu colocar um pouco de cliche na mistura e isso fez com que o livro não ficasse tão bom e veloz quanto ficaria sem.

Mara Dyer passou por um grande trauma, um acidente em um hospital abandonado fez com que sua melhor amiga Rachel, seu namorado Jude e a colega Claire morressem e que, coincidentemente ou não, a única sobrevivente fosse Mara, mas o problema central não é o tal acidente, antes fosse, a personagem teve sua memória simplesmente apagada depois do ocorrido e não sabe o que realmente aconteceu no local.

Prevendo que Mara não iria conseguir viver na cidade onde morava sua família decidiu se mudar para Flórida, onde ela tentaria viver o mais normalmente possível. Mas então assombrações começam a pertubar a protagonista, aparições de seus amigos mortos, flashes da cena do acidente no hospital e coisas que não estão realmente acontecendo estão deixando a garota louca e ela não tem nada a fazer, ao menos nada que saiba, e bom seria se toda essa loucura parasse por aí, pois não para. Um tempo depois de que começa a frequentar a escola local chamada Croyden, Dyer encontra em seu caminho uma cadela com sinais visíveis de maus tratos, isso a atinge profundamente e ainda mais quando o dono parece não dar a mínima para o sofrimento do animal. Ele deveria estar morto, pensou e ele obedeceu.

Também neste colégio que passa a frequentar Mara conhece Jaime, Noah Shaw, Anna e Aiden, mas nem todos se tornam amigos dela formando-se assim típicas cenas no estilo High School Musical onde a rainha do colégio entra em conflito com a novata por ela estar se envolvendo com o cara que a atrai e isso foi o que me fez não gostar tanto assim da trama que, até ali, era intensa e totalmente sombria.

Não diria que Michelle errou em colocar essas cenas cliches que são as do colégio, pois imagino que ela realmente fez isso para aliviar a tensão do livro e adicionar algo mais, porém achei isso um tanto superficial demais, mas mesmo assim não chegou a estragar a história, que ao final mostra ser muito mais do que o esperado.

Mara é uma personagem que foi bem construída, (ou desconstruída), seus pensamentos são muito bem colocados, assim como os momentos de pertubação e desconforto, que conseguem realmente atingir o leitora (confesso que fiquei com medo em certa cena do livro), os outros personagens também foram bem introduzidos, mas sinto que alguns deles foram postos na história em vão, sem nenhuma utilidade ou ação memorável, pressinto que estes serão utilizados nas continuações.

Apesar de não ter me agradado totalmente, eu gostei sim de A Desconstrução de Mara Dyer, as cenas intensas escritas com maestria realmente me convenceram e são elas que fazem eu recomendar este livro para toda e qualquer pessoa que goste do gênero. 
3.8 de 5

5 comentários:

Gabriel Ribeiro Gomes disse...

Oie :)

Meu deus esses autores tem a mania de incrementar clichês em tudo não é ? entendi muito bem o que você quis passar e apesar de estar louco para ler esse livro estou apreensivo também, beijos !!

http://euvivolendo.blogspot.com.br/

Júlia Macalossi disse...

Ah, que legal essa resenha... Super nunca considerei ler esse livro, ele sempre passou por mim e ficou, mas depois de ler sua resenha estou querendo ler, hehehe.

Beijinhos.

http://lullabyforju.blogspot.com.br/

Luara Cardoso disse...

Oi Anderson!
Fiquei um pouco em dúvida se lia esse livro ou não, até porque vi que algumas pessoas com opiniões parecidas com as minhas não gostaram tanto. :( Mas agora estou com vontade de ler.
Até entendo que a autora usou esses artifícios para deixar o livro mais leve, mas sabe quando você se sente com as expectativas frustradas? To assim agora. Mas isso é bom porque eu não vou me decepcionar enquanto estiver lendo, pois já sei o que esperar.

Um beijo,
Luara - Estante Vertical

Unknown disse...

Estou louco para ler este livro. Este é o primeiro blog que não deu avaliação máxima para a obra. Até então, não sabia sobre estes recortes clichês que a autora colocou na história. É intrigante, meio sombrio. O tipo de leitura que eu adoro. Lerei em breve.

Unknown disse...

eu não conhecia esse livro,mais com sua resenha fiquei com bastante vontade de ler,apesar de você ter dito que não gostou totalmente,mais é bem o gênero de livro que gosto,e a estórias me interessou muito.

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