Crítica de Cinema: Stark Trek - Além da Escuridão

segunda-feira, julho 01, 2013

Resenha por Thales Américo

Maior ação, maior humor, maior perigo, maior orçamento, mas não maior que seu antecessor.

Star Trek sobrevivia somente na mente dos fãs.  Conforme o tempo passava, a série envelhecia de forma prejudicial e cada vez menos as gerações atuais conheciam o gesto de “vida longa e próspera”. Eis que em 2008, o irregular diretor J.J Abrams resolve (tentar) trazer para o público de hoje o mesmo espírito de anos atrás. Depois de lançado o reboot em 2009, o cineasta conseguiu captar exatamente o espírito do material original e, ao mesmo tempo, acrescentar características autorais sem fazer os fãs torcerem o nariz e também agradando quem não conhecia a série. Não faz sentido levar para o cinema um material que apenas quem já o conhecia antes vá entender. Pensando nisso, uma sequência foi agendada. Lançado quatro anos depois, “Star Trek – Além da Escuridão” ilustra o atual estado dos blockbusters e , ao mesmo tempo, mostra como fazê-los de forma eficiente.

O filme começa mostrando que a Enterprise ainda está em fase de recuperação desde o último ataque quando a Terra sofre danos de um inimigo cujos objetivos são desconhecidos. Conforme a investigação se aproxima, a Enterprise se vê obrigada a ir aos cantos mais remotos e desconhecidos da galáxia em busca da nova ameaça. E aí entra uma das novidades desta sequência, que consegue se destacar como um grande vilão mesmo podendo ser mais utilizado no contexto: Benedict Cumberbatch. O ator faz o inimigo, do qual não revelarei o nome porque poderia ser considerado spoiler aos mais afeiçoados, de forma sombria e grandiosa. É ele quem faz toda a diferença deste filme para seu antecessor: o tom. O primeiro possuía um otimismo e clima aventureiro por toda sua duração, neste aqui há mais tensão e um maior peso na narrativa. Mas, sempre há um mas, ainda assim, o primeiro ainda se sai melhor.

“Star Trek – Além da Escuridão” é o que o cinema hoje faz com maior frequência: grandeza. Não só a narrativa está maior, mas também a ação épica intergaláctica e o elenco. Não que ele não se saia bem, os atores estão ainda melhores que no longa de 2009, mas a sensação que fica é que alguns sobram. A inutilização do ótimo Anton Yelchin e de Alice Eve no roteiro fica clara. Aliás, os dois parecem estar no roteiro apenas para servir a necessidade proposta em certo ponto, sendo esquecidos depois.

Ainda assim, Abrams se assemelha de certa forma, a Christopher Nolan, unindo uma ação gigantesca, trilha sonora arrepiante com uma história bem amarrada e inteligente.


Uma pena que Star Trek tenha perdido seu diretor, mas, graças a ele, foi mostrado o caminho certo para a franquia, basta agora um cineasta com a mesma eficiência tomar frente do projeto. J.J. Agora será de Star Wars e, se o fizer com a mesma inspiração, vida longa e próspera a ele. Às duas franquias.


Original: Stark Trek - Into Darkness
Ano: 2013
Direção: J. J. Abrams
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana
Duração: 132 minutos
Gênero: Ação, Ficção Científica, Aventura, Thriller
Classificação: 10 anos
Nota: 8/10

1 comentários:

Unknown disse...

Conheço algumas pessoas que assistiram o filme e ficaram em cima do muro em relação a ele. Não assisti nenhum filme antecedente deste então não posso falar muito. Mas, em si, parece ser muito legal!
XXXX

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