Prodigy por Marie Lu

Original: Prodigy
Autora: Marie Lu
Tradutora: Ebréia de Castro Alves
Editora: Prumo
Páginas: 304
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Legend

Os opostos perto do caos. Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra, extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte. June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez.

Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e, assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.

Legend foi um livro bem surpreendente para mim, Marie Lu criou um cenário futurístico que é dividido em uma República e a Colônia, neste ambiente uma praga afeta os lugares mais pobres da República, estando, assim, entrando em uma crise populacional. No primeiro livro, percebo que a autora criou uma história que começasse de uma forma explosiva, baixasse a poeira e então explodisse novamente no final, e que final. Prodigy não foi diferente, tirando o fato de que Marie não deu tempo para que a poeira baixasse e foi jogando uma bomba atrás da outra.

June e Day estão fugindo da República, o garoto está com a perna piorando, e as consequências do final do primeiro livro assolam e invade os sonhos dele, ele se fecha, chora, grita, mas nada faz com que toda a frustação e a angústia vá embora de sua mente. June não consegue confortá-lo, ela conhece a dor que ele está sentindo, mas tudo o que sabe que é preciso é seguir o caminho.

Quando eles chegam ao destino se encontram com um grupo de Patriotas - rebeldes que querem matar o novo Primeiro Eleitor, para acabar com o sistema da República e iniciar uma revolução - comandado por Razor, um soldado traidor da República eles reencontram personagens antigos e queridos e são apresentados a um plano e a recompensa: se eles aceitarem participar deste plano Day irá receber uma cirúrgia na sua perna. É aí que a história de Prodigy realmente se inicia de vez e que as Marie Lu inicia o bombardeio de informações. 

Depois que terminei a leitura eu simplesmente não pude acreditar no que havia lido, certamente a autora quer mesmo nos torturar e fazer com que esperamos loucamente por Champion, o terceiro e último livro. Prodigy fez com que a trilogia melhorasse muito, elevando, e muito, a qualidade da história, trama e personagens entre o primeiro livro e sua sequela. O segundo livro está bem mais maduro, os personagens estão mais ligados no que está acontecendo e, talvez por não precisar de uma introdução, tem suas páginas melhor aproveitadas.

Uma das coisas que muito me surpreendeu no livro foi o fato de que vários personagens estão guardando segredos e tudo o que achamos ser a verdade na verdade não é. Pode parecer um pouco, ou muito, confuso, mas Marie Lu me fez ficar louco, sem saber se torcia para a República ou para os Patriotas, mudando de lado a cada capítulo e esse fato deixou Prodigy com um clima mais intenso, pois nem nós, leitores, sabemos em quem realmente podemos confiar.

A narrativa de Marie Lu também mudou bastante do primeiro livro para este, antes ela era uma autora estreiante e agora é perceptível que adquiriu mais experiência e consegue criar uma narrativa mais envolvente do que a apresentada em Legend.

Recomendo o livro, e a trilogia, para quem curte distopias, ficção científica e livros rápidos de se ler. Prodigy, apesar de não ter alcançado minhas expectativas, que estavam muito, muito altas, foi muito bom e muito melhor do que o livro anterior, vale a pena ler!

4.0 de 5