Dividida por Amanda Hocking

Original: Torn
Autora: Amanda Hocking
Editora: Rocco (Twitter/Facebook)
Tradutor: Priscila Catão
Páginas: 358
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Volume 1: Trocada

Segundo volume da trilogia Trylle, do fenômeno da autopublicação Amanda Hocking, Dividida traz de volta a jovem "changeling" Wendy Everly, uma criança troll trocada secretamente logo após o nascimento por uma humana normal. Se em Trocada, primeiro livro da série, ela descobre sua verdadeira origem e é levada para o mundo mágico de Trylle, agora Wendy se depara com uma rival e se pergunta qual é realmente o seu lugar. Dividida entre dois mundos, a protagonista da série de maior sucesso de Amanda Hocking tem que decidir entre o amor e a obrigação, abordando questões caras aos jovens numa emocionante trama de fantasia.

Depois da divulgação massiva que a Editora Rocco fez sobre o primeiro livro da Trilogia Trylle, Trocada, fiquei bem empolgado para ler a história que Amanda Hocking tem a apresentar, mergulhei de cabeça na leitura do primeiro livro e poderia dizer que fui até surpreendido, já que havia lido várias críticas negativas sobre o livro, o primeiro livro foi construído em uma forma quase sutil, fez com que a leitura fosse rápida, envolvente, os personagens cativantes e teve um final bem intrigante, porém - e esse não é um porém dos bons - Amanda Hocking não conseguiu conter o nível do seu livro e decaiu drásticamente na continuação.

Wendy descobriu que é um troll, como se isso não já bastasse para uma garota normal ela é um troll, princesa e está sendo caçada pelos inimigos de sua espécie, os Vittra. Após todos os problemas pelos quais passou em Trocada, Wendy retorna ao mundo de Trylle depois de ser sequestrada por uma rastreadora que a caçava. Levada ao palácio dos Vittra e trancada atrás de grades junto com seu rastreador e seu meio-irmão ela passa a fazer descobertas que a surpreende (mas que, sinceramente, não me surpreenderam nem um pouco), conhece o chefe do grupo que a sequestrou, que a conta muitas verdades que acabam confundindo, mais ainda, a cabeça de Wendy, lá ela também conhece Loki, que mais tarde será bem importante para o desenrolar do livro.

A protagonista está aprendendo novas habilidades, tem ajuda para isso, mas parece não estar conseguindo desempenhar progresso algum nisto, ela também faz muitas - ênfase - descobertas sobre seu passado, mas é tanta informação para se processar que acaba ficando bem difícil assimilar o que é verdade do que não é, deixando a leitura bem confusa. 

Mas Amanda Hocking pecou, e como pecou, pois pareceu estar segurando o jogo, isso pode ser uma boa tática, mas ela simplesmente não soube quando abrir as mãos e revelar o que guardava nelas, fiquei aguardando algum momento de ação no livro e posso dizer que fechei o livro e ainda estou aguardando, pois nem no desfecho de Dividida teve ação e isso fez com que o livro ficasse bem chato, com uma leitura cansativa e nem um pouco envolvente, pensei em abandonar o livro várias vezes, mas rastejei até o final esperando que valesse a pena fazer isso e descobrir o que ela planejava para este, mas Hocking decepcionou pois ela simplesmente não havia preparado nada, resultando em um dos finais mais chatos e parados que eu já li.

Eu realmente senti muito a falta de cenas de ação no livro e isso foi o suficiente para destruir tudo o que eu sentia pela trilogia antes, pois depois desse livro, infelizmente, eu não fiquei com nenhuma vontade alguma de continuar a série. 

A ideia do livro foi sim bem criada e intrigante, acho uma pena que a autora não conseguiu colocar essa ideia no papel em uma forma que de fato funcionasse e que não ficasse tão chato quanto ficou, talvez o último livro da trilogia seja mais instigante e que funcione, eu sinceramente espero que ela consiga desenvolver bem o último livro, pois a ideia da trilogia é muito boa.  

2.0 de 5